Pague com o celular (menos nos EUA).
Londres – Os escritores de ficção científica há muito sonham com uma sociedade sem papel-moeda. Porém, alguns lugares se sobressaíram nesse sentido.
A agência de transportes de Londres, por exemplo, está em fase experimental de um novo sistema de pagamentos que permitirá aos passageiros encostar um cartão de débito no leitor eletrônico da estação e embarcar no Metrô de Londres. Na Suécia, os consumidores estão usando os telefones para aquisições no comércio varejista ou para comprar lanches no McDonald's ou Burger King. No Quênia, os consumidores estão driblando o sistema bancário tradicional através de transferências bancárias por celular e utilizam o microfinanciamento em vez de bancos.
No entanto, os Estados Unidos, uma economia bem maior do que a maioria, estão muito mais atrasados na adoção das soluções integradas, rápidas e seguras para efetuar pagamentos eletrônicos.
A verdade é que o tamanho do mercado americano é o principal motivo desse atraso. Os custos para equipar o comércio com os novos dispositivos são muito mais elevados. E não houve unanimidade entre os provedores de tecnologia sobre qual padrão adotar para os pagamentos móveis.
Isso não significa que todas as cidades americanas estejam atrasadas em relação as suas colegas estrangeiras. Porém, os avanços parecem estar em certos setores da economia. Os sistemas de transportes de Chicago, de Boston e de Washington, por exemplo, adotaram cartões de pagamentos exclusivos que exigem somente a aproximação do cartão aos dispositivos de leitura. Alguns sistemas de transportes permitem que os clientes comprem passagens online e as baixem diretamente nos seus smartphones.
Em todos os lugares ao redor do mundo, os avanços são mais comuns.
Shashi Verma, diretor de atendimento ao usuário da empresa de transportes de Londres, Transporte para Londres, disse que a empresa é parte de um projeto piloto no qual os chamados cartões de pagamento sem contato – cartões de débito ou de crédito equipados com microchips – estão em fase de testes para finalmente substituir o cartão inteligente do sistema Oyster como o principal meio de acesso e de saída do sistema de transporte londrino.
Nos últimos 15 meses, os cartões bancários têm sido utilizados com sucesso nos ônibus londrinos e este ano serão aceitos em todo o sistema metroviário.