Advogados de Dilma querem arquivar pedido para investigar campanha

Advogados que representam a presidente Dilma Rousseff protocolaram nesta terça-feira (1º) um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o arquivamento de pedidos feitos pelo ministro Gilmar Mendes para investigar doações e despesas da campanha eleitoral da petista no ano passado.

O documento contesta decisão de Mendes de reabrir o processo de prestação de contas, a partir do envio, no último dia 21 de agosto, de um pedido à Procuradoria Geral da República para apurar supostas irregularidades.
O ministro vê indícios de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em doações realizadas por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Para ele, dinheiro desviado da Petrobras pode ter sido devolvido em forma de propina ao PT por meio de doação de campanha ao partido e à campanha presidencial.

O pedido à PGR para apurar essas suspeitas ainda não foi respondido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No pedido para arquivar o caso, a defesa de Dilma afirma que o processo de prestação de contas da campanha já foi encerrado, aprovado com ressalvas sob recomendação do próprio Gilmar Mendes.
"O que já foi decidido, não pode mais ser rediscutido. A decisão está protegida pelo manto da coisa julgada, não permanecendo razão jurídica a justificar nova provocação da função jurisdicional", diz o pedido de arquivamento.Os advogados também apontam "abuso" por parte de Mendes em pedir novas apurações.
"Nada há de novo no conteúdo do despacho [de Gilmar Mendes] que tem o claro objetivo, apenas e tão somente manter constante no imaginário dos cidadãos que as contas da campanha estão eivadas de vícios e irregularidades quando, em verdade, já foram amplamente analisadas e auditadas, como nunca antes de viu na história de nosso país".

Petrobras
Ao pedir novas apurações sobre as contas de Dilma, Gilmar Mendes escreveu que "o dinheiro recebido pelas empresas nos contratos mantidos com a Petrobras teria sido, supostamente, devolvido em forma de propina ao PT, travestida de doação de campanha, entregue diretamente ao seu tesoureiro, ou oculta por meio de financiamento de publicidade".
"Assim, ao que parece, havia, supostamente, entrada ilegal de recursos públicos e saída de dinheiro da campanha em forma de gastos mascarados", completou.
Gilmar Mendes enviou ainda os dados da prestação de contas para que a Corregedoria Eleitoral do TSE avalie também se houve irregularidades nas informações apresentadas pelo PT ao tribunal. O ministro pediu análise de informações por parte da Receita Federal e do setor de prestação de contas do tribunal.
Mendes afirmou também que dados da investigação da Lava Jato indicam que o PT foi financiado indiretamente pela Petrobras, o que é vedado pela legislação eleitoral. De acordo com a decisão do ministro, empresas investigadas na Operação Lava Jato fizeram elevadas doações ao diretório do PT, como UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS e Norberto Odebrecht.
Ainda segundo Gilmar Mendes, o PT doou R$ 13,6 milhões à campanha de Dilma entre agosto e outubro de 2014. Ele aponta que empresas investigadas na Lava Jato doaram diretamente R$ 47,5 milhões para a campanha à reeleição.
Na avaliação do ministro, é de "duvidosa consistência" a prestação de contas apresentada.
Um dos exemplos apontados é o da Focal, segunda maior fornecedora da campanha e para a qual foram repassados mais de R$ 24 milhões.
Mendes citou em sua decisão diversos depoimentos dados em colaboração premiada dentro da Operação Lava Jato e que apontam também doações não contabilizadas pelo PT. "Os elementos conhecidos até agora indicariam, em tese, mais de uma forma de entrada de recurso ilícito – como doação legal de campanha, mas também diretamente, como doação em dinheiro ao tesoureiro do partido", afirmou.

Juiz condena Odebrecht por trabalho escravo e tráfico de pessoas em Angola

A Justiça do Trabalho brasileira condenou a construtora Odebrecht e duas de suas subsidiárias por promover tráfico de pessoas e manter trabalhadores em condições análogas à escravidão na construção de uma usina de açúcar e etanol em Angola.
Na decisão, o juiz Carlos Alberto Frigieri, da 2ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP), afirma que operários brasileiros que ergueram a usina Biocom, na Província de Malanje, foram sumbetidos a um regime de trabalho "prestado sem as garantias mínimas de saúde e higiene, respeito e alimentação, evidenciando-se o trabalho degradante, inserido no conceito de trabalho na condição análoga à de escravo".
Frigieri ordenou que a empresa indenize em R$ 50 milhões os trabalhadores afetados - cerca de 500, segundo a acusação.
São rés na ação a Construtora Norberto Odebrecht (CNO), a Odebrecht Serviços de Exportação (antiga Olex) e a Odebrecht Agroindustrial (antes chamada ETH Bionergia). O grupo nega irregularidades na obra e diz que vai recorrer.
A empresa afirma que nunca "existiu qualquer cerceamento de liberdade de qualquer trabalhador nas obras de Biocom", que as condições de trabalho foram "adequadas às normas trabalhistas e de saúde e segurança vigentes em Angola e no Brasil" e que não tinha responsabilidade sobre a obra por ser dona de participação minoritária na usina.
A ação teve início após a BBC Brasil publicar, em 2013, uma reportagem em que operários relatavam ter sofrido maus-tratos na usina entre 2011 e 2012. Com base na reportagem, o procurador Rafael de Araújo Gomes, do Ministério Público do Trabalho (MPT), abriu um inquérito que deu origem a uma ação civil pública contra a companhia.Boa parte dos processos tramitou na Justiça trabalhista do interior de São Paulo, onde as empresas recrutaram muitos dos operários enviados a Angola.
Maior construtora da América Latina, a brasileira Odebrecht é uma das maiores empresas também em Angola, onde atua desde 1984 em vários setores.
A derrota ocorre em um mau momento para o grupo: seu presidente-executivo, Marcelo Odebrecht, e três executivos estão presos desde junho, acusados de envolvimento no escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato. Eles negam envolvimento em corrupção.
Banheiro interditado em obra, em foto dos trabalhadores; condições de higiene "obrigou alguns trabalhadores a utilizarem o matagal próximo ao alojamento", diz sentença
'Verdadeiro calvário'
Na decisão, redigida em 28 de agosto, o juiz Carlos Alberto Frigieri diz que as empresas denunciadas deixaram de proporcionar aos operários "meio ambiente de trabalho adequado, condições mínimas de higiene nos banheiros e refeitórios, tornando o trabalho mais penoso e mais sofrida a estadia, um verdadeiro calvário, com a agravante de que muitos trabalhadores adoeceram no local".
O juiz diz que as condições de higiene nos banheiros usados pelos funcionários - registradas em fotos e vídeos apresentados pela acusação - obrigaram "alguns trabalhadores, que não queriam correr o risco de contaminação por bactérias, a utilizarem o matagal próximo ao alojamento".
Segundo o magistrado, além de violar normas trabalhistas, a postura das companhias causou aos operários "humilhação e sofrimento íntimo, especialmente porque tais obreiros se encontravam longe de suas casas".
O juiz diz que as condições degradantes de trabalho enquadram as empresas no crime de "redução à condição análoga à de escravos".
Segundo o Código Penal, o crime pode ser cometido de três maneiras: submetendo alguém "a trabalhados forçados ou a jornada excessiva"; "sujeitando-o a condições degradantes de trabalho"; ou "restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto".
Em nota à BBC Brasil, a Odebrecht disse que as condições no canteiro de obra "foram adequadas e aderentes às normas trabalhistas e de saúde e segurança vigentes em Angola e no Brasil, incluindo quanto às condições de alojamento, transporte, sanitárias, de alimentação (...) e saúde, incluindo presença de serviço médico local e ambulatório".
Tráfico de pessoas
Em sua decisão, o juiz afirmou ainda que a Odebrecht promoveu "aliciamento de trabalhadores e tráfico de pessoas" ao transportar os operários a Angola com vistos ordinários, que não dão o direito de trabalhar, em vez de vistos de trabalho.
Segundo o juiz, o objetivo da empresa era contar com "mão de obra especializada cativa, completamente dominada, com pouca ou nenhuma capacidade de resistência, eis que mantidos de forma ilegal em país estrangeiro".
Já a Odebrecht afirma que nunca "existiu qualquer cerceamento de liberdade de qualquer trabalhador nas obras de Biocom" e que a "expatriação de trabalhadores sempre foi realizada observando a legislação brasileira e angolana".
"Os trabalhadores tinham ampla liberdade de locomoção dentro de Angola e para retornar ao país a qualquer momento, incluindo em datas festivas nas quais diversos trabalhadores voltaram ao Brasil e depois retornaram para Angola, bem como os trabalhadores tinham acesso gratuito à internet", diz a empresa, em nota.
A Odebrecht afirma ainda que não tinha responsabilidade sobre a obra e que é dona de uma participação minoritária na Biocom.
No processo, a companhia afirmou que, por ser uma empresa angolana, a Biocom não poderia ser julgada no Brasil.
Segundo a Odebrecht, as obras na usina foram realizadas por empresas subcontratadas pela Biocom, entre as quais a Planusi e a Pirâmide, ambas com sede no interior paulista.
O juiz afirmou, porém, que provas apresentadas pela acusação - entre as quais contratos assinados entre as empresas envolvidas - revelam que a Odebrecht era a verdadeira dona da obra.
"É possível afirmar, inclusive, que a Biocom/Odebrecht de Angola também é uma empresa do poderoso Grupo Odebrecht, justificando a responsabilidade solidária por eventuais condenações", diz o juiz.
Além dos R$ 50 milhões de indenização (um décimo do valor pedido pelo MPT na acusação), Frigieri condenou a empresa a pagar uma série de multas caso não mude suas práticas.
O juiz negou, porém, o pedido do Ministério Público do Trabalho para que a construtora deixasse de receber empréstimos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). O banco financia boa parte das operações da empresa no exterior.

José Dirceu é indiciado na Operação Lava Jato por quatro crimes

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (1º) dois inquéritos da Operação Lava Jato e indiciou 14 pessoas, entre elas o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês. Ele foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na conclusão dos inquéritos, o delegado da PF Márcio Anselmo afirmou que há "fartos indícios de que José Dirceu de Oliveira e Silva e outras pessoas a ele relacionadas foram beneficiários diretos de valores objeto de desvios no âmbito da Petrobras, apurados na Operação Lava Jato". A filha e o irmão de Dirceu estão na lista de indiciados.
Os indiciados nesta terça (1º):
José Dirceu de Oliveira e Silva: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Camila Ramos de Oliveira e Silva: lavagem de dinheiro
Roberto Marques: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Julio Cesar dos Santos: falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Milton Pascowitch: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
José Adolfo Pascowitch: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Fernando Horneaux de Moura: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Olavo Horneaux de Moura: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Renato Duque: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
João Vaccari Neto: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Gerson Almada: corrupção ativa e formação de quadrilha
Cristiano Kok: corrupção ativa e formação de quadrilha
José Antunes Sobrinho: corrupção ativa e formação de quadrilha
G1 tentou contato com os advogados de José Dirceu e familiares, de Milton e José Adolpho Pascowitch, de Renato Duque, de João Vaccari Neto e de Gerson Almada. Contudo, nenhum deles atendeu as ligações.
Os advogados de Cristiano Kok, João Antunes Sobrinho, Fernando Horneaux de Moura, Olavo Horneaux de Moura Filho e Júlio Cesar dos Santos não foram encontrados.
Ao fim do documento, o delegado ressalta que trata-se de relatório parcial, e pede ao juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal, que os autos sejam devolvidos para que as investigações prossigam.
Afirma, ainda, que ficaram de fora do documento os dados apontados na delação de Milton Pascowitch envolvendo a Consist Software, uma vez que há "indícios da participação de autoridade com prerrogativa de foro".
Próximo passo
A partir da conclusão do inquérito policial, o Ministério Público Federal (MPF) pode apresentar uma denúncia à Justiça Federal contra os indiciados pela PF.
Caberá ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitá-la ou não. Se aceita, os denunciados passam a ser réus, respondendo pelos crimes na Justiça. Veja aqui como é cada etapa de uma ação criminal.Atuação de José Dirceu
Conforme a investigação da PF, o ex-ministro atuava no esquema através de dois caminhos. Um deles consistia no relacionamento com executivos das empresas Hope e Personal, terceirizadas de serviços da Petrobras.
"Por terem sido 'apresentadas' à empresa por Fernando Moura e seu irmão Olavo Moura, 'apadrinhadas' por José Dirceu, o grupo passou a 'titularizar' uma parcela do faturamento dessas empresas, cujo pagamento era instrumentalizado por Milton Pascowitch", diz trecho da conclusão do inquérito.
A outra frente de atuação, segundo a PF, estava relacionada a empreiteiras com contratos com a Petrobras, como a Engevix, OAS, UTC, Odebrecht, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa. No inquérito, o delegado aponta que as empresas "teriam carregado vantagens ilícitas, dissimuladas como 'serviços de consultoria' para José Dirceu, seja diretamente ou ainda por meio da Jamp Engenharia".
Silêncio
Na tarde de segunda-feira (31), por orientação da defesa, Dirceu ficou em silêncio durante depoimento à PF. Pela manhã, ele também não falou à CPI da Petrobras que, nesta semana, está sendo realizada na capital paranaense para ouvir os presos investigados na Lava Jato.
José Dirceu foi preso na 17ª fase da Lava Jato, deflagrada no dia 3 de agosto. Segundo as investigações do MPF e da PF, Dirceu participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda era ministro da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Até ser preso na Lava Jato, o ex-ministro cumpria prisão domiciliar na capital federal devido à condenação na Ação Penal 470, conhecida como "mensalão". Por esse motivo, a transferência dele para Curitiba precisou ser autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Repetiu o esquema do mensalão'
O ex-ministro "repetiu o esquema do mensalão", de acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. "Não é à toa que o ministro do Supremo disse que o DNA é o mesmo. Nós temos o DNA, realmente, de compra de apoio parlamentar – pelo Banco do Brasil, no caso do mensalão, como na Petrobras, no caso da Lava Jato."
Segundo ele, Dirceu foi "instituidor e beneficiário do esquema da Petrobras", mesmo durante e após o julgamento do mensalão.
"Seu irmão fazia o papel de ir até as empresas para pedir esses valores", disse o procurador, afirmando que essa foi uma das razões para o novo pedido de prisão de Dirceu.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva era sócio de Dirceu na JD Consultoria, empresa suspeita de receber R$ 39 milhões por serviços que não foram feitos.
Conforme as investigações, o grupo de Dirceu recebia propina por meio da JD por contratos na estatal. O grupo também teria recebido valores ilícitos em espécie de prestadores de serviços da Petrobras – as empresas Hope (recursos humanos) e Personal (serviços de limpeza).
Início do esquema
Segundo as investigações, Dirceu indicou Renato Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras e, a partir disso, organizou o esquema de pagamento de propinas. Duque é réu em ações penais originadas na Lava Jato. Segundo o procurador, Dirceu era responsável por definir os cargos no governo Lula. O nome de Duque teria sido sugerido pelo lobista Fernando Moura.
Na 17ª fase da Lava Jato, os investigadores focaram em irregularidades de contratos com empresas terceirizadas, contratadas pela diretoria de Serviços, que pagavam uma prestação mensal para Dirceu através de Milton Pascowitch – lobista e um dos delatores da Lava Jato. Para o MPF, o ex-ministro enriqueceu dessa forma.
O juiz Sérgio Moro escreveu no despacho de prisão de José Dirceu que o ex-ministro "teria insistido" em receber dinheiro de propina em contratos da Petrobras mesmo após ter deixado o governo, em 2005.
17ª fase da Lava Jato_VALE ESTE (Foto: Arte/G1)

Criança de nove anos sofre estupro em Castelo do Piauí

Um novo caso de estupro foi registrado, em Castelo do Piauí. Desta vez, uma criança de nove anos, foi vítima de um conhecido da família. O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (31). 

Segundo informações repassadas à polícia civil, o abuso foi praticado quando a mulher responsável pela criança saiu de casa, para ir a um estabelecimento comercial próximo. Quando retornou à residência, a mulher viu que o suspeito estava com a mão tapando a boca da vítima.
 
O suspeito identificado apenas como “Severo”, fugiu do local. Policiais civis e militares estão em diligências para localizar o suspeito. 
 

Zezé Di Camargo é criticado após postar foto com Gusttavo Lima

O cantor Zezé Di Camargo, que faz dupla com Luciano, postou uma foto em seu Instagram na noite deste domingo (30) onde aparece batendo um papo com Gusttavo Lima. Na imagem, os dois aparecem ostentando, tomando café encostados no carro de luxo de Gusttavo, uma Ferrari 458 Itália, avaliada em R$ 1,5 milhão.

A foto seria apenas mais um registro entre os amigos se não fosse pelo comentário feito por Zezé na legenda, que ironizou a atual crise econômica do país. “Gente, a crise chegou mesmo. Eu e Gusttavo Lima encostado na Ferrari dele, fazendo um brinde com café. Pode um trem desses?” escreveu o cantor. Seus fãs não gostaram do comentário e fizeram várias críticas como “Nossa, bem sem graça” e “Desnecessário”.

O cantor por sua vez usou a mesma rede social para pedir desculpa pelo comentário. Ele disse que não tinha a intenção de ofender ninguém, pois se tratava apenas de uma brincadeira e afirmou que toda a repercussão foi provocada por pessoas mal-humoradas. 

“Galera, me desculpe se ofendi alguém! Eu pensei que o pessoal teria mais senso de humor, me referi ao brinde com café e não ao carro. Mesmo porque o carro não é meu e sim, de um cara simples que lutou muito pra chegar aqui. Quis fazer uma brincadeira e não zombar de ninguém. Mesmo assim, para quem não entendeu, peço desculpa pela brincadeira e eu desculpo a ignorância de muitos aqui que vivem de mau humor” escreveu Zezé.


Zezé Di Camargo(Imagem:Reprodução/Instagram)Zezé Di Camargo
Imagem: Reprodução/InstagramFoto polêmica de Zezé com Gusttavo Lima(Imagem:Reprodução/Instagram)Foto polêmica de Zezé com Gusttavo Lima

Polícia deflagra Operação Integrada Gurguéia no sul do Piauí

Uma operação conjunta entre as polícias Civil, Militar e Polícia Rodoviária Federal foi deflagrada nesta terça-feira, 1º de setembro, com o objetivo de dar cumprimento a mandados de prisão e de busca apreensão nos municípios de Bom Jesus e Corrente, região sul do Estado.
IDelegado Willame Moraes(Imagem:Divulgação)Delegado Willame Moraes
As diligências realizadas durante a Operação Integrada Gurguéia visam ainda combater o tráfico de drogas, roubo a bancos e outros crimes praticados naquela região.
Imagem: DivulgaçãoOperação.(Imagem:Divulgação)Operação.
Ao todo, 150 homens das Policiais civis, militares, rodoviários federais, além da Força Nacional participam da operação.
Imagem: Divulgação150 homens participam da operação(Imagem:Divulgação)150 homens participam da operação

Policial que matou esposa se entrega à polícia em Teresina

O policial reformado Ribamar Barros, acusado de matar a própria esposa a facadas na última terça-feira (2), se entregou a polícia no final desta segunda-feira (31). 

De acordo com a delegada de Femicídio, Anamelka Formiga, ele se manteve calado durante todo o depoimento. “Ele se apresentou ontem e demos o cumprimento ao mandado de prisão que já havia sido expedido. No auto do interrogatório ele ficou calado”, disse.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Residência localizada na rua 08 do Parque Itararé(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Residência localizada na rua 08 do Parque Itararé
Ainda segundo a delegada, Maria Luísa de Sousa, de 59 anos, morreu após levar três facadas, os tiros que foram ouvidos pelos vizinhos não atingiu a vítima. “A gente ainda não recebeu o laudo, mas podemos dizer que ela veio a óbito por conta das três facadas. Duas no lado esquerdo do peito e outra no lado direito”, afirmou.

Relembre o caso

Na noite do dia 25 de agosto, o policial reformado, Ribamar Barros, matou sua própria esposa a golpes de faca no Parque Itararé, zona sudeste de Teresina. A vítima chegou a ser socorrida pelo filho, mas não resistiu e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O policial fugiu logo após o crime.

Edson Melo diz que CPI para investigar Firmino é bobagem

Em entrevista ao GP1, o vereador Edson Melo (PSDB) comentou a tentativa do vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT) de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a compra, pela Prefeitura de Teresina, de um terreno na zona sul da Capital. Edson Melo definiu a proposta do vereador petista como “bobagem” e afirmou que Dudu “joga para a plateia”, com ações inconstitucionais. 

“Bobagem! O vereador Dudu só joga para a plateia, é um vereador que joga tanto para a plateia que faz um projeto inconstitucional, como gratuidade nos estacionamentos dos shoppings, quando ele sabe que aquilo é inconstitucional, isso é só um exemplo”, disse. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Edson Melo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Edson Melo
O vereador afirmou não ter conhecimento do teor da denúncia de Dudu, mas afirmou que todas as desapropriações feitas pela Prefeitura são justificadas. 

“Esse caso especifico da denúncia do vereador Dudu eu não tenho conhecimento, mas, quero dizer que eu como superintendente já adquiri área dentro de minha superintendência e isso quando o prefeito vai desapropriar o terreno para alguns fins, esses fins são justificados”, afirmou. 

Edson Melo ainda afirmou que o prefeito não agiu de modo a ajudar o empresário e que todo o processo foi feito de forma legal, cumprindo todas as etapas. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Edson Melo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Edson Melo

“O preço do terreno tem que ser avaliado por uma empresa credenciada pela Caixa Econômica, uma empresa de ilibada reputação, depois que essa empresa faz a avaliação do valor isso ainda passa pela Procuradoria Geral do Município, depois vai para a Secretaria de Finanças, depois vai para a SDU. Eu duvido se vão pegar irregularidade do prefeito Firmino porque ele é cuidadoso, ele pode até ter interesse, o Dudu pode denunciar que ele está interessado em ajudar o empresário, mas, ele não faz ilegalidade”, pontuou

Vice-prefeito de São Julião pode ir a Júri Popular

Está pautado para amanhã (02) o julgamento do Recurso em Sentido Estrito ajuizado pela defesa dos quatro réus pronunciados pela morte do ex-vereador de São Julião, Emídio Reis da Rocha. O Recurso previsto no artigo art. 581, inciso IV, do Código de Processo Penal foi interposto contra a decisão de pronúncia prolatada pela juíza Nilcimar R. da A. Carvalho, da 5ª Vara da Comarca de Picos, que decidiu que os denunciados pelo Ministério Público pelo assassinato do ex-vereador devem ser julgados pelo Tribunal Popular do Júri. Se condenados, cada um pode pegar até 60 anos de prisão.
Imagem: DivulgaçãoJosé Francimar Pereira(Imagem:Divulgação)José Francimar Pereira
Na sentença de pronúncia a juíza narrou com riqueza de detalhes como se deu a trama e sua motivação, que teria sido por interesses políticos, uma vez que a vítima tendo concorrido a prefeitura de São Julião ficara em 2º lugar e dera entrada na Justiça com uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME contra o prefeito e o vice, na tentativa de cassá-los e assumir o cargo.

O Tribunal vai julgar o recurso interposto pelos réus Joaquim Pereira Neto (encanador), Antônio Sebastião de Sá (aposentado), Valter Ricardo da Silva (lavrador) além do vice-prefeito José Francimar Pereira.

O recurso tramita na 1ª Câmara Especializada Criminal e tem como relator o desembargador Pedro Alcântara Macedo.

Entenda o caso

Emídio Reis foi assassinado porque ameaçava a estabilidade do grupo político liderado pelo prefeito Zé Neci (PT) e seu vice, José Francimar Pereira (PP). Logo após as eleições de 2012, a vítima protocolou denúncias contra os gestores na Justiça Eleitoral, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Federal. Essas ações, se procedentes, poderiam custar os mandatos de Zé Neci e Francimar.

Os primeiros rumores de que a vida do ex-vereador estava ameaçada datam desse mesmo período. “Durante a investigação, várias testemunhas relataram, em sigilo, que Emídio estava sendo ameaçado”, afirmou o delegado Luccy Keyko Leal Paraíba, que presidiu o inquérito que investigou a morte do ex-vereador.

O delegado informou ainda que a morte do político foi decidida na propriedade Canas, zona rural de São Julião. O prefeito Zé Neci estaria presente, mas não participou ou testemunhou a negociação.
Imagem: ReproduçãoEmídio Reis(Imagem:Reprodução)Emídio Reis
O vice-prefeito utilizou Joaquim Pereira Neto para intermediar o plano junto ao pistoleiro Antônio Sebastião de Sá, o Antônio Virgílio. Outros dois homens foram convocados para participar do crime: José Gildásio da Silva Brito e Válter Ricardo da Silva. Cada um deles receberia R$ 5 mil, totalizando R$ 15 mil.

O bando seguiu os passos de Emídio para conhecer sua rotina. Tramaram, inclusive, um encontro casual com a vítima em um restaurante na cidade de Picos.

Em 31 de janeiro, dia do crime, os criminosos acompanharam o carro do ex-vereador ao longo da BR-316. Emídio viajava de Picos para São Julião. Em certo ponto, Valter desembarca e pede a carona à vítima. Eles já se conheciam, por isso Reis não desconfiou de nada.

Os dois seguiram juntos até a estrada que dá acesso ao município de Alagoinhas, quando Válter pediu para descer. Naquele ponto, os outros membros do bando surpreenderam Emídio Reis. Rendido, a vítima foi levada em seu próprio carro até o local da execução, distante 120 km do local do sequestro.

Na propriedade rural Lajedo Preto, um local ermo, Emídio foi obrigado a descer do veículo. Em depoimento à Greco, Valtér contou que “o primeiro tiro foi logo para executar”. O delegado Menandro Pedro revelou que Antônio Virgílio disparou a uma distância de pouco mais de 30 centímetros da nuca do ex-vereador. O segundo disparo, afirma o policial, foi efetuado sem que os executores soubessem ao certo onde Emídio havia sido atingido, já que o local estava muito escuro. A bala perfurou a perna da vítima.

Os executores carregaram o corpo de Emídio por dez metros e cavaram a cova com as mãos e com o auxílio de um pedaço de madeira. “Por isso a cova ter ficado rasa”, disse o delegado Luccy Keyko Leal Paraiba.

Apesar de ter sido alvejado por dois tiros, Emídio Reis não morreu pelos ferimentos à bala. “Segundo o laudo cadavérico, a causa da morte da vítima foi asfixia, por ingestão de areia. Foi encontrada areia na traqueia da vítima. Ele, então, foi enterrado vivo”, afirmou o delegado Luccy Keiko Leal Paraiba.

O vice-prefeito de São Julião, José Francimar, Joaquim Pereira Neto, Antônio Sebastião de Sá, José Gildásio da Silva Brito e Valter Ricardo da Silva foram indiciados pela morte do ex-vereador Emídio Reis e respondem por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.